sábado, 29 de março de 2014

Anda Porto

Este fim de semana Nenuco e Pastelita rumaram a Norte e calcorrearam estradas, ruas e ruelas da invicta

Por volta das 10 da manhã de sábado, já estávamos no Campo 24 de Agosto prontos para apanhar o metro que nos levaria a Matosinhos, para efectuarmos um passeio até à Foz e por sua vez até ao Campo 24 de Agosto, passando pertinho da Ponte do Freixo.

Saímos em Matosinhos na Estação do Mercado, mesmo em frente ao Porto de Leixões, na foz do Rio Leça e começámos a dar corda às sapatilhas, observando tudo que se passava em nosso redor. A rua contígua ao Porto de Leixões é muito rica em restaurantes, onde os grelhadores colocados às portas são um convite a uma boa sardinhada. Ao longo da rua vamos passando pelas peixeiras que vão apregoando o seu pescado, enquanto as gaivotas vão sobrevoando a zona a ver se entretanto também apanham algum peixito para o almoço.

Chegados ao Jardim do Senhor do Padrão encontrámos o Zimbório com o mesmo nome, que segundo a lenda foi construído no local onde terá dado à costa o Bom Jesus de Matosinhos. Posteriormente, devido ao aparecimento miraculoso de uma fonte água doce nessa zona, foi efectuada uma construção mais pequena, junto ao zimbório.

Saindo do jardim e após uma passagem pelo ponto de informações aí existente, para nos munirmos de algum material que facilitasse a nossa visita, como mapas e outros folhetos de locais de interesse a visitar, encontrámos uma escultura que ilustra a maior tragedia ocorrida na costa portuguesa, acontecida em 1947, ano em que uma terrível tempestade originou um violento naufrágio, dando origem a um número considerável de vítimas.

Seguindo pelo belíssimo Passeio Atlântico, passando pela escola de surf e pelo zoo marinho SeaLife, chegámos a Praia do Castelo do Queijo onde está localizado o forte Francisco Xavier, que foi construído no Sec. XVII e na actualidade está convertido em museu militar pela Associação de Comandos, que é quem mantém a sua guarda. 

Foi junto ao forte, em frente ao mar, sentindo o cheiro da maresia e a brisa a bater suavemente no rosto, que decidimos degustar as nossas humildes sandochas, para continuarmos posteriormente a percorrer as praínhas até à Foz, o sol que se fazia sentir apelava às pessoas para saírem das suas casas, o que originava que as esplanadas junto ao mar se encontrassem repletas de gente assim como todos os passeios junto à costa… E quando demos conta já nos encontrávamos na Foz do Douro junto ao forte S. João Baptista. Este forte, imponente, virado para o rio, foi construído no séc. XVI e ampliado no XVII para proteger a barra do Douro, na actualidade o espaço é ocupado pela sede do Instituto da Defesa Nacional.

Assim que começamos a subir o Douro avistou-se de imediato a Ponte da Arrábida e percorrendo o Passeio Alegre sempre tentando captar todos os pormenores, tanto do lado do Porto com do lado de Vila Nova de Gaia, passámos pelo observatório dos pássaros onde as gaivotas, os patos e as pombas predominam. Passámos pela Alfandega onde estava decorrer o Portugal Fashion, o que originava uma grande movimentação tanto de pessoas como de veículos. Mas para falar em movimentação e azafama tenho que referir a Praça da Ribeira, porque aí sim, reina a movimentação e a confusão com esplanadas repletas de gente, tunas a cantar, grupos a cantarolar para os turistas em troca de moedas, vendedores ambulantes… aqui reina a alegria e a diversão, enquanto a ponte D. Luis I a tudo isto vai assistindo no alto da sua imponência. 

E nós, Nenuco e Pastelita, suburbanos na grande cidade, vamos continuando a nossa caminhada, descobrindo as quatro pontes restantes. A Ponte do Infante que foi construída para substituir o tabuleiro superior da Ponte D. Luis, devido este ter sido convertido para a passagem do metro do Porto, unindo o Bairro das Fontaínhas à Serra do Pilar. De seguida passamos na Ponte D. Maria Pia, construída por Gustave Eiffel e que foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do Douro, posteriormente substituída pela Ponte S. João, devido à sua fragilidade. Antes de começarmos a largar o Douro para começarmos a subir em direcção à estação de Campanhã, avistávamos a Ponte do Freixo que foi a ultima a ser construída mais a montante do rio, com o intuito de retirar o trânsito da Ponte da Arrábida.

Deixando a zona ribeirinha rumámos ao centro da cidade, pois a noite já se aproxima, o cansaço já se começa a sentir e o estômago também já reclama uma francesinha, como não poderia deixar de ser. No dia seguinte a aventura vai continuar pelo Centro Histórico, percurso diferente, mas não menos bonito.

Mapa do Percurso
























































































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